Tratamento da dor
Qual o papel do Neurocirurgião no tratamento da dor crônica?
A Neurocirurgia, por meio de diferentes técnicas, pode ser uma importante alidada no tratamento daqueles pacientes que convivem com a dor há longo tempo. Podemos lançar mão de bloqueios nervosos, rizotomias, bloqueios simpáticos, implantes de bombas intratecais, neuroestimulador medular e cerebral profundo...
Dor lombar
A dor nas costas (lombalgia) é uma das principais causas de afastamento do trabalho no Brasil. Ela é o principal sintoma da hérnia de disco e de outras doenças degenerativas da coluna vertebral.
Entre as causas comuns de dor lombar, estão: manuseio incorreto de materiais (especialmente durante a elevação); quedas; sedentarismo; torção do tronco para os lados ou para a frente; obesidade; exposição à vibração do corpo inteiro; trabalhos que exigem esforço físico extremo, entre outras.
O tratamento da lombalgia envolve diversas terapias e a cirurgia só é indicada em casos de refratariedade clínica ou mediante o aparecimento de sinais de alarme. Entre as abordagens principais destacam-se:
· Reeducação postural;
· Modificação de estilo de vida com perda de peso e cessação do tabagismo;
· Fisioterapia;
· Uso de compressas,
· Medicamentos e bloqueios analgésicos.
Dor oncológica
A dor oncológica, além de ser prevalente, é muitas vezes difícil de ser manejada devido à sua etiologia multifatorial. Os pacientes podem experimentar mais de um tipo de dor, seja ela de natureza neuropática, nociceptiva ou mista.
O tratamento estabelecido segundo a escada analgésica da Organização Mundial da Saúde (OMS), envolvendo o uso de analgésicos simples, opióides e adjuvantes orais, é eficaz para a maioria dos pacientes.
Porém, em cerca de 20 a 30% dos pacientes oncológicos, a abordagem farmacológica não produz um controle adequado da dor.
Nesses casos, o tratamento intervencionista pode ser empregado.
São várias as técnicas a serem usadas, tais como:
- Bloqueios nervosos periféricos;
- Bloqueios neurolíticos simpáticos;
- Vertebroplastia e a cifoplastia para dor óssea decorrente de fraturas patológicas;
- Cordotomia;
- Mielotomia e talamotomia;
- Implante de dispositivos de infusão de fármacos por via intratecal;
- Neuroestimulação periférica e medular, entre outros.
Dor do membro fantasma
A dor do membro fantasma é um fenômeno clínico cada vez mais compreendido pela ciência, embora ainda seja motivo de pesquisas na área. Ela ocorre porque mesmo após a amputação, o cérebro ainda mantém uma representação da região removida.
Os pacientes que têm esta condição relatam uma sensação real de dor, que pode ser de leve a forte intensidade, na parte ausente do corpo. Algumas características são marcantes, como a sensação de pressão, coceira e queimação.
O
tratamento geralmente envolve uma combinação de abordagens, que inclui uso de medicamentos, biofeedback, acupuntura, terapia do espelho, estimulação elétrica transcutânea (TENS) e em algumas situações, cirurgia para remover o tecido cicatricial que envolve um nervo.
Síndrome de dor regional complexa
A síndrome de dor regional complexa (SDRC) é uma condição clínica que cursa com dor neuropática de intensidade e duração desproporcionais em consequência de uma lesão de tecido mole ou ósseo (Tipo I) ou lesão nervosa (Tipo II). Ambos os tipos são mais comuns em pacientes jovens e são duas a três vezes mais frequentes em mulheres.
Os principais sintomas são alterações autonômicas, como sudorese e vermelhidão; alterações motoras e de sensibilidade; alterações tróficas, como queda de cabelos e pelos e surgimento de contraturas. O diagnóstico da SDRC é clínico.
Seu tratamento envolve uma abordagem ampla e muitas vezes, associações de medicamentos, fisioterapia, bloqueios simpáticos e toxina botulínica.
Neuralgia do trigêmeo
O que é a Neuralgia do trigêmeo?
A neuralgia do trigêmeo é um tipo de síndrome dolorosa caracterizada por dor facial, comumente unilateral, do tipo choque ou pontada, no trajeto inervado pelo nervo trigêmeo (quinto nervo craniano). Muitas vezes, é descrita pelos pacientes como a pior dor já sentida na vida.
Como é feito o diagnóstico da neuralgia do trigêmeo?
O diagnóstico é baseada em critérios clínicos:
- Dor restrita ao território de uma ou mais divisões do nervo trigêmeo;
- Surtos súbitos de dor, intensos e de curta duração;
- Dor desencadeada por estímulos na face que normalmente não a causariam.
Exames de imagem, como a ressonância magnética de crânio, devem ser realizados para investigação de causas secundárias.
Qual o tratamento da Neuralgia do trigêmeo?
O tratamento da Neuralgia do trigêmeo envolve o uso de medicamentos e em casos selecionados e/ou refratários, requer uma abordagem cirúrgica.
Os principais procedimentos são:
- Descompressão microvascular;
- Rizotomia por radiofrequência;
- Microcompressão por balão;
- Bloqueios com anestésicos locais ou fenol;
- Radiocirurgia estereotáxica e
- Técnicas de neuromodulação.
Dor pélvica crônica
Em breve...
Como é a consulta com a
Dra. Duanna Nogueira
A Dra. Duanna Nogueira é uma neurocirurgiã, com subespecialidade em Neurocirurgia funcional e dor. Sempre empenhada em oferecer um cuidado integral aos seus pacientes. Alinhando boa formação técnica e atendimento humanizado.
A Dra. Duanna trabalha com muita dedicação para proporcionar melhora da qualidade de vida e recuperação para os seus pacientes. Entre em contato e agende a sua consulta.